No Dia do Infectologista, SBQ fala da atuação deste profissional nos CTQs

Lyd Comunicação - 11/04/2024

Não há especialização para atuar com vítimas de queimaduras, mas profissionais precisam ter certas características para trabalhar na área

Experiência e sensibilidade. São esses os pré-requisitos para infectologistas que desejam atuar em centros de tratamento de pacientes queimados. No Brasil, não há especialização neste sentido e, segundo profissionais da área, a literatura também é escassa.

Conforme ressalta o infectologista no Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Complexo Hospitalar de Urgência e Emergência/Hospital João XXIII, em Minas Gerais, o médico Martinho de Meneses, para atuar com pacientes queimados, o infectologista precisa ter profundo conhecimento em infecções em pacientes imunodeprimidos, da microbiologia do serviço e conhecimento sólido de medicina interna.

“Não há uma especialização direcionada para quem atua em centros de queimados, porém é importante o certificado em área de atuação em serviço de controle de infecção hospitalar”, completa.

Para a infectologista do Hospital Geral do Estado, em Salvador (BA), a médica Edilane Voss, a prática do dia a dia também é essencial. “Você vai adotando algumas medidas que a gente usa para outros tipos de paciente e você começa a ver o que funciona ou não e vai ajustando, observando. Inclusive, uma das coisas que a gente tenta fazer no HGE é documentar as coisas que a gente faz, o resultado disso, e tenta estar publicando, para mostrar para outras pessoas, para tentar ajudar em outros serviços também”, detalha.

Atuação - O médico infectologista é um profissional treinado para realizar o diagnóstico, tratamento e prevenção das doenças infecciosas e parasitárias. Segundo Edilane Voss, de uma forma geral, a ação desse especialista dentro de um CTQ vai em dois caminhos. “A gente acompanha os processos para que a gente possa tomar medidas para evitar que o paciente desenvolva uma infecção. E a outra vertente engloba outro grupo de ações que é identificar, precocemente, um paciente com sinais de infecção e instituir o tratamento”, explica.  

Ela destaca que o paciente queimado tem uma especificidade que faz com que o infectologista precise ter atenção para não confundir sintomas. “O paciente vítima de queimadura apresenta sintomas que, às vezes, confundem se está tendo uma infecção ou não. Por exemplo, na fase inicial da queimadura, ele vai ter febre, vai ter aumento dos batimentos cardíacos, e isso pode ser só uma resposta ao trauma da queimadura e não a infecção. Então, essa diferença é uma coisa muito sutil, que a gente precisa estar atento para que a gente não vá tratar em excesso, mas também não deixe de tratar o paciente que realmente está com infecção”, ressalta.

Dia do Infectologista – Neste 11 de abril comemora-se o Dia do Infectologista. A data foi instituída em 2005, em homenagem ao nascimento de Emílio Ribas, um dos pioneiros da área no Brasil. Ele foi um renomado médico que se destacou no combate à febre amarela, sendo o responsável por provar que a transmissão da febre amarela se dava através da picada do Aedes Aegypti; é que todos achavam que a transmissão era feita entre pessoas.

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