YD Comunicação - 22/01/2021
Há 34 anos, o cirurgião plástico Alfredo Gragnani Filho teve seu primeiro contato com pacientes queimados, quando passou pela Unidade de Tratamento de Queimaduras do Hospital do Tatuapé, da prefeitura de São Paulo, durante a residência. Desde então, o encantamento foi tamanho que ele não somente se dedicou ao atendimento, mas também a capacitar profissionais para atuarem na área.
Formado em medicina desde 1984, Gragnani fez residência médica em cirurgia geral, em cirurgia plástica, mestrado na Escola Paulista de Medicina e doutorado no Shriners Hospital for Children de Boston, na unidade de tratamento de crianças queimadas, além de acompanhar o atendimento clínico, cirúrgico e ambulatorial.
Atualmente, Alfredo Gragnani é professor associado livre docente, vice-chefe da disciplina de cirurgia plástica e coordenador da Unidade de Tratamento de Queimaduras da Unifesp/EPM/HU-HSP, do laboratório de cirurgia translacional II e orientador de mestrado e doutorado do Programa de Pós-Graduação de Cirurgia Translacional.
Ele conta que sempre teve interesse pelo aspecto reparador da cirurgia plástica. “O aprofundamento no atendimento do paciente queimado, com toda sua complexidade e dificuldades, me fez me interessar cada vez mais e desenvolver atividades de ensino, pesquisa, extensão e assistencial na Unifesp”, destaca.
Gragnani Filho ressalta que o esforço é para aumentar o número de recursos humanos para o melhor tratamento das queimaduras, estimular as novas gerações no aprendizado maior e a paixão pelo tratamento dos queimados. “O papel da SBQ é fundamental na divulgação junto aos residentes e à Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, para podermos aumentar o interesse dos alunos da Cirurgia Plástica no atendimento aos queimados”, destaca.
O médico é membro da SBQ desde 1998, tendo feito, inclusive, parte do corpo editorial da Revista Brasileira de Queimaduras. “Toda minha atividade médica e acadêmica ocorria focada no atendimento ao queimado, portanto, nada mais forte do que o desejo de me associar, de participar dos eventos, de divulgar resultados de pesquisa e participar de atividades importantes”, diz.
Ele complementa que, em razão do atendimento a vítimas de queimaduras ser multiprofissional, estar na SBQ possibilita a troca de experiências e o conhecimento de diferentes profissões, com o crescimento de todos. “Isso possibilita a discussão de protocolos, com convergência de tratamento e com maior evidência, com possibilidade de estudos multicêntricos em vários projetos dentro da prevenção, atendimento inicial, atendimento clínico, cirúrgico, reabilitação e tratamento de sequelas”, finaliza.