Especial ex-presidentes: Flávio Nadruz esteve à frente da SBQ por duas gestões e segue fazendo parte da diretoria

- 24/04/2025

O atual diretor-científico da Sociedade Brasileira de Queimaduras, Flávio Nadruz Novaes, tem uma longa história com a entidade. Foram duas gestões como presidente, nos anos de 2007 a 2010. Mas antes, já havia feito parte da diretoria nacional como primeiro secretário na gestão do médico Edmar Maciel.

Nadruz tomou posse como presidente pela primeira vez imediatamente a um Congresso Mundial de Queimaduras, em Fortaleza, realizado em 2006, onde houve o maior número de participantes de toda a história dos congressos mundiais de queimaduras.

Confira a entrevista com o quarto profissional a presidir a SBQ:

 

O senhor foi presidente da SBQ duas vezes seguidas. O que o motivou a presidir a SBQ? O que acha que te levou à reeleição?

O que me motivou foi o envolvimento na questão das queimaduras. Essa era uma oportunidade que eu tive e que eu me dediquei muito, o que levou à reeleição. 

Essa época na SBQ era muito profíqua. O trabalho na primeira gestão cresceu, quer dizer, regularizamos os números da revista e principalmente a gente tinha uma meta de comprar um imóvel em nome da Sociedade Brasileira de Queimaduras, o que nós conseguimos na segunda gestão. Então, quando o projeto é um pouco mais longo, ele exige mais tempo e estas coisas se solidificaram, não pela minha participação exclusiva, mas por conta de uma equipe e por conta de o crescimento que a SBQ vinha tendo. 

 

Quais foram as maiores dificuldades daquela época?

Acho que dificuldades foram poucas, realmente. A condição financeira do país era melhor do que nos dias de hoje. Então, o crescimento, as parcerias, as empresas, como disse a revista, o site, o boletim e principalmente o CNNAQ, foram coisas que cresceram muito nessas gestões. E o apoio, neste bom momento havia uma grande equipe, havia muita gente participando do ponto de vista de contribuir com essa construção.

 E quais foram os maiores avanços que conseguiram naquela época?

Acho que os avanços já estão anos com muito sucesso. Sem nenhuma, isso é um marco, a sede estar lá fisicamente até hoje, apesar de não ser usada pela nossa direitoria, mas por muitos anos foi. A comunicação digital cresce e isso foi uma evolução, porque o custo diminui e aumenta a abrangência. Esse aí o alcance aumenta.

 

O que o senhor acha que mais mudou na atenção às vítimas de queimaduras e, também, na questão da prevenção daquela época para hoje em dia?

Acho que prevenção às queimaduras é um problema muito grande que a gente enfrenta no Brasil. O que a SBQ faz hoje com o Junho Laranja, sem dúvida, é um grande marco, é uma coisa e uma iniciativa da sociedade de queimaduras que não era da nossa época. Então, acho que hoje a gente trabalha a prevenção a partir do Junho Laranja e outras ações com muito mais efetividade do que nas minhas gestões.

 

O que representou na sua vida e na sua carreira ter presidido a SBQ?

Acho que a oportunidade de presidir a SBQ é algo que a gente tem dificuldade de escrever. Poder, voluntariamente, trabalhar em torno de uma causa, que é o cuidado ao paciente queimado, a prevenção da queimadura, sem dúvida, representa, talvez, uma das coisas mais gratificantes que eu tive nos meus 50 anos de profissão médica. 

Então, sem dúvida nenhuma, isso é uma experiência inigualável do ponto de vista de oportunidade. Agradeço muito ao doutor Edmar, que me construiu para poder exercer esse cargo e, sem dúvida nenhuma, isso marcou o meu meio século de profissão de forma indelével e de forma muito positiva.

 

O senhor ainda hoje é parte da diretoria. Sempre esteve em algum cargo na diretoria? Já foi de algum cargo em SBQ regional?

Eu inicio a minha participação na Diretoria Nacional como primeiro secretário do doutor Edmar Maciel, que me antecedeu e foi uma gestão mais longa por conta da preparação do congresso mundial e nesses três anos eu aprendi muito o que trouxe não só para as minhas gestões como para a minha vida. 


Sobre a regional, eu já fui diretor-científico da regional São Paulo e, neste momento, seu diretor-científico na nacional, o que é uma imensa oportunidade da gente construir um modelo de conhecimento da queimadura, de atualização sobre a queimadura, divulgação desse conhecimento e o SIG queimaduras.





Outras Notícias

Bancos de tecido começam a realizar as captações, processamentos e envio de membrana amniótica após incorporação ao SUS

“Ser grato por continuar vivo colocou em meu coração um propósito de seguir em frente fazendo das cicatrizes uma oportunidade de testemunhar a vida”

Incêndio na COP30 pode ter causa de origem elétrica e reforça alerta já feito anos atrás pela SBQ e Abracopel

Fala, presidente: Rogério Noronha está a frente da SBQ Minas Gerais

Inscrições abertas para o XVI Congresso Brasileiros de Queimaduras 2026

Prazo para pagamento de anuidade 2025 da Sociedade Brasileira de Queimaduras termina em 30 de novembro

Brasil ganha primeiro Laboratório da Pele de Tilápia, instalado na Universidade Federal do Ceará

Rechaud: é preciso regulamentação e campanhas preventivas

Maria Leonor Paiva, segunda vez presidente da SBQ RN

Nova edição da Revista Brasileira de Queimaduras já pode ser acessada

Luana Gaspar foi vítima de um fio desencapado que quase lhe custou a vida

ISBI abre chamada para programa de avaliação de centros de queimados

CampSamba 2025 reuniu 15 crianças vítimas de queimaduras em Pernambuco

Queimaduras entre crianças: um risco subestimado e frequente

SBQ e Cofen conversam sobre Linha de Cuidados em Queimaduras

No Dia da Secretária, SBQ reconhece a importância da atuação de Loraine Derewlany, secretária executiva da entidade

Membrana amniótica já compõe Política Nacional de Doação e Transplantes criada pelo Ministério da Saúde nesta sexta-feira (26)

SBQ participa de Movimento pela Curricularização dos Conteúdos sobre Doação e Transplante de Órgãos e Tecidos

Fernanda Gazola: “a vida de um sobrevivente de queimaduras é recomeçar todos os dias”

Painel sobre uso da membrana amniótica em pacientes queimados rende elogios