Especial ex-presidentes: Marcus Barroso é o último entrevistado da série que celebra os 30 anos da SBQ

- 26/05/2025

Presidente da SBQ Nacional até o ano passado, o cirurgião plástico Marcus Barroso esteve à frente da entidade por um mandato. Ele assumiu logo após o período pandêmico, o que exigiu dele um impulsionamento maior para retomar os eventos presenciais.

Foi ele quem comandou a execução do XIII Congresso Brasileiro de Queimaduras, realizado em sua terra natal, Salvador (BA), tendo arrancado elogios dos participantes.

Ele é o nosso último entrevistado da série com ex-presidentes que ajudaram a contar a história dos 30 anos da SBQ.

 

O senhor é o ex-presidente mais recente da SBQ. O que acredita ter recebido de legado das outras gestões?

Recebi um legado importante de comprometimento e dedicação à causa das queimaduras. Destaco especialmente a mudança no estatuto da SBQ, que permitiu ampliar a elegibilidade para a presidência a todos os profissionais da área. Essa alteração democratizou e fortaleceu a representatividade da entidade, refletindo a natureza multidisciplinar do cuidado ao paciente queimado. Também herdei uma entidade em processo de profissionalização e modernização, o que possibilitou dar continuidade a avanços estruturais importantes.

 

Quais foram as maiores dificuldades encontradas em sua gestão?

A maior dificuldade sem dúvida foi lidar com os impactos do período pós-pandemia. Muitos dos nossos eventos e rotinas foram desestruturados nos anos anteriores, o que exigiu um esforço grande para retomar as atividades presenciais, reengajar os associados e restabelecer fluxos institucionais. Houve ainda a necessidade de adaptar estratégias diante das limitações orçamentárias e de reorganizar o calendário científico e educacional da SBQ.

 

E quais foram os maiores avanços?

Entre os maiores avanços da gestão, destaco a consolidação da profissionalização da SBQ, com maior organização administrativa e gestão mais eficiente. Também conseguimos modernizar a comunicação institucional e ampliar a presença digital da entidade, facilitando o acesso à informação e à educação continuada para os profissionais de todo o país. Além disso, fortalecemos os vínculos com sociedades internacionais e promovemos eventos científicos de alto nível, com grande participação da comunidade.

 

O que representou na sua vida e na sua carreira ter presidido a SBQ?

Presidir a SBQ foi uma das maiores honras da minha trajetória profissional. Foi uma oportunidade única de contribuir de forma mais ampla com a área de queimaduras, além da atuação clínica e acadêmica. A experiência me proporcionou um crescimento pessoal e institucional, ao trabalhar com colegas de todo o Brasil e buscar soluções coletivas para os desafios da especialidade. Levo comigo o sentimento de dever cumprido e o orgulho de ter ajudado a construir uma SBQ mais moderna, inclusiva e preparada para o futuro.

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